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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Amanhã (1/10) Projeto Conexão NossaCasa Amazônia-Brasília em Sobradinho



A convite da amiga Nayla Reis, do Projeto Eu Sou Comunidade Consciente (http://eusoucomunidadeconsciente.blogspot.com/) e também integrante do Projeto Conexão NossaCasa Amazônia-Brasília, estaremos em Sobradinho, no Assentamento DNOCS, de 8h às 13h com a Intervenção LixoCultural Sonoro.

Quem quiser participar, é só chegar chegando!!! Aceitamos voluntários amantes da mãe natureza!!!

LixoCulTural Sonoro tá nas ruas do Lago Norte

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E a intervenção LixoCultural Sonoro ganha as ruas do Lago Norte. E já provoca reações dos que passam, dos que sujam, dos que cuidam voluntariamente ou por obR$igação do Lago Norte...

As pessoas precisam perceber o que estão fazendo com a nossa casa, a rua. É por ela que os carros e ônibus passam, num leva e trás das gentes de todas as camadas sociais, do mais rico aos mais pobres; do trabalhador ou estudante ao empresário, alto servidor público ou político. Todos estão passando por entre esta lixarada toda, todos os dias e parecem nem perceber, nem se importar.... "importa que a "minha casa", ou seja, do "meu portão para dentro" esteja limpo, o resto é resto, que se dane, não é minha casa". Bem, de fato, não é só a sua casa, é a NossaCasa.

Portanto, acorde. A rua também é uma extensão da sua casa, seja você morador do Paranoá, da Asa Norte, da Ceilândia, da Barra da Tijuca, da Amazônia ou até mesmo do Lago Norte. Você a usa todo dia, portanto, seja grato a ela, seja pelo menos gentil, não suje mais. Guarde seu lixo e deposite na lixeira mais próxima. Tá certo que não tem lixeira a cada 5 metros, mas não custa nada andar com o lixo um pouco mais... ou custa?

Enfim, importa que todos nós percebamos o que estamos fazendo, seja por uma ação direta(jogar meu lixo no chão) ou por omissão(não juntar o lixo do outro, não jogar lixo na rua etc).

Acho bom todo mundo acordar, pois o lixo já invadiu as nossas vidas, nossas ruas, nossos caminhos... E olha que nem estou falando aqui em mudar os visíveis hábitos consumistas... Só estou chamando atenção para parar de jogar lixo fora da lixeira, só isso. É preciso reconhecer o mau exemplo que estamos dando para nossas crianças..

Também nem estou falando aqui que as chuvas estão chegando e com ela o risco de doenças como dengue, ante tanto lixo passível de acumular água.... Vamos acordar gente!!!!

O lixo é o presente... vamos parar de jogar lixo nas ruas. E é todo mundo que joga lixo viu, não tem essa do pobre, do trabalhador. Na rua tem lixo de pobre e tem de rico. Vamos acabar com a hipocrisia. As fotos da intervenção falam por si só. E eu não quero saber quem jogou, quero saber de quem vai cuidar da rua comigo, quem vai desatar os nós da Intervenção LixoCultural Sonoro e recolhê-la para a lixeira mais próxima??? Quem vai se habilitar hein??? Ou você vai ficar esperando a Administração do Lago Norte (GDF), os nossos guerreiros garis, a Associação de Moradores? E você que não jogou o lixo, mas está incomodado com tanta sujeira??? Bora lá gente, reage!!! Ficar só reclamando ou remusgando da situação ou reprovando a Intervenção LixoCultural Sonoro não vai adiantar nada, ela só vai aumentar, pois diariamente caminho e não deixarei de recolher e erguer o lixo que encontro no meu caminho.... já basta né, estou indignado e em ação amorosa pela vida e por amor à mãe natureza!!!

Aqui vamos registrando a Intervenção que já alcança da QI 14 à QI 16. E não esqueça: jogue o lixo que encontrar no seu caminho na lixeira mais próxima, inclusive os que estão pendurados por um fio... afinal, tudo na NossaCasa está conectado, seja em Brasília, seja na Amazônia!!

E falando em Amazônia, fique com nossos Zé Miguel e Nilson Chaves, em "Pérola Azulada" que diz mais ou menos assim:

Eu amo você terra minha amada
Minha oca meu iglu, minha casa
Eu amo você pérola azulada conta
No colar de deus, pendurada
A benção minha mãe

Já aprendi nadar em seu mar azul
Adorar água, homem peixe, água
Fonte iluminada
Já aprendi a ser parte de você
Respeitar a vida em sua barriga
Quantos mais vão aprender
Eu amo você...




!

Faça sua parte!!!

abçs fraternos,

Jonas Banhos
twitter @jonasbanhos
face Jonas Banhos
mochileirotuxaua.blogspot.com


Quer idéias do que fazer com o lixo que você mesmo produz ou que encontra aí pelo seu caminho. Então acesse o blog:

http://ateliedolixo.blogspot.com/

E boa leitura de mundo!!!

abçs fraternos,

Jonas Banhos
mochileirotuxaua.blogspot.com

Do lixo ao luxo (reportagem no Blog Planeta Sustentável)

LIXO
Karine Basilio


ARTE
Quando falar em reciclagem ainda era novidade, estes artistas já utilizavam materiais desprezados, como sobras de alumínio, papelão e plástico de pára-choques de automóveis. Hoje, os artesãos do lixo são reconhecidos por uma clientela que valoriza objetos produzidos sem agressões à natureza
- A A +
Por Kátia Melo
Revista Claudia - 08/2007


As peças belíssimas que aparecem nesta reportagem, exibidas por seus criadores, foram fabricadas com materiais que estavam a caminho do lixo. Muito antes da maré ambientalista que hoje - felizmente - varre o planeta, esses artistas já levavam a sério a lei de Lavoisier, segundo a qual, na natureza, nada se cria e nada se perde: tudo se transforma. Desde o início da carreira, eles se propuseram a missão de resgatar das caçambas e dos latões produtos que demorariam décadas ou séculos para se decompor, criando com eles objetos de desejo.
De forma original e generosa, Bia Hajnal, Nido Campolongo e as irmãs Sara Rosenberg e Anete Ring utilizam a arte para mostrar as possibilidades dos recicláveis. Copos descartáveis viram luminárias, gigantescas caixas de papelão dão origem a mesas e cadeiras firmes e confortáveis e resíduos de alumínio industrial transformam-se em charmosos candelabros.

Obter resultados requintados depende de muita pesquisa, dedicação e, principalmente, criatividade. O desafio do design sustentável sempre foi tornar atraente um produto novo que pode causar estranheza. "Um banco de papelão não afunda se eu sentar?", por exemplo, era pergunta recorrente entre os clientes de Nido Campolongo. Aos poucos, porém, surge aconsciência da importância de consumir produtos ambientalmente corretos para gerar um planeta saudável.

Se antes essas peças eram vistas como alternativas de baixo custo, hoje são valorizadas, associam-se ao que há de mais moderno e não raro conquistam espaço no mercado externo. Além do design, existe uma preocupação em melhorar a utilização desses objetos. O Brasil desponta como um dos países que mais reciclam no mundo, mas falta muito para ter a alta tecnologia a serviço da reciclagem.

Por isso, com raras exceções, ainda não é possível produzir peças desse tipo em larga escala. Mas quem sabe? Talvez, em breve, nossa casa venha a ser inteiramente decorada com o luxo do lixo.

NIDO CAMPOLONGO - O ARTISTA DO PAPELÃO
Ele ainda era menino quando começou a trabalhar na tipografia do pai e conheceu as inúmeras possibilidades do papel. Isso levaria o paulistano Nido Campolongo, 52 anos, a tornar-se um dos mais respeitados designers que utilizam o papelão como matéria-prima. Aos
22 anos, ainda trabalhando com o pai, Nido entrou para a faculdade de engenharia. No meio do curso, fez aulas de desenho e de gravura em metal. "Com esses estudos ea experiência na tipografia, resolvi criar peças para empresas", conta.

Karine Basilio
Nido Campolongo, em sua poltrona de papelão
Entre os projetos estavam agendas, pastas e embalagens, produtos sofisticados que fariam a fama da empresa que Nido tem até hoje, a Galeria do Papel. A primeira sacola da grife Forum, por exemplo, foi criada por ele. "Eu me inspirava no conceito gráfico oriental", afirma. Com as sobras das próprias criações, em 1994 o artista plástico passou a costurar e a produzir mantas de papel. Para exibilas, passou a construir suportes, que mais tarde se transformariam em móveis belos e modernos.
Como o papelão vem da celulose, extraída da madeira, é possível produzir com ele peças firmes e duráveis. Nido, então, aprimorou sua técnica de marcenaria e criou prateleiras, cadeiras e mesas. Não parou por aí. Com resíduos da indústria e argila, inventou em seu ateliê em São Paulo "tijolos" de papelão para a construção de uma oca, exposta em 2001 no Sesc de Santo André.

O desejo de Nido agora é construir uma casa ecológica totalmente habitável. Montará ainda uma gigantesca espiral no Conjunto Nacional, na avenida Paulista, em São Paulo, com inauguração prevista para este mês. A instalação permanente terá como objetivo explicar as práticas relacionadas ao lixo na capital paulista.

Apesar do sucesso, ele lembra que o começo da carreira foi bem difícil. "Muitas vezes pensei em desistir", conta. Se hoje é chamado para decorar lugares elegantes, como restaurantes no Rio de Janeiro, lojas de design em Paris e Nova York e até mesmo cenários de teatro, é por que acreditou ser possível trazer o belo para o material reciclado.

SARA ROSENBERG E ANETE RING - AS IRMÃS-PRODÍGIO

Aos 7 anos, por insistência da família, a tímida Sara resolveu encarar um concurso de estátuas na areia, na praia do Guarujá (SP). Não ganhou - ficou em sétimo lugar -, mas o evento acabou por traçar sua vida artística: os pais a matricularam num curso de artes e Sara começou a levar a sério o ofício de esculpir.
Fez faculdade de artes e mestrado em Zurique. Sua irmã, Anete, também tinha vocação artística: cursou a Escola Panamericana de Arte, em São Paulo, e foi aluna do professor Walter Levy, um mestre da pintura. Ainda na juventude, Anete partiu para Israel, onde graduou-se em arquitetura no Technion Institute of Technology com um trabalho sobre projetos sustentáveis. Mas foi apenas em 1995 que as irmãs paulistanas resolveram unir os talentos e criaram a Rosenberg Design. "Essa preocupação ambiental e o lado artístico sempre permearam a nossa vida e até hoje balizam nosso trabalho", afirma Anete.

Karine Basilio
Anete e sara exibem os candelabros e a fruteira de alumínio
No início, elas escolheram o alumínio reciclado para moldar objetos. Afinal, o Brasil é um dos países que mais recicla esse material. "O alumínio permite grande liberdade artística de modelagem", diz Sara. A dupla ainda foi pioneira no uso de madeira certificada, retirada de áreas onde a extração é controlada. "Quando você cria, tem que pensar em todo o ciclo do material", diz Sara. Em 2000, expuseram em Milão, na Itália, e com isso entraram para o anuário inglês International Year Book, uma bíblia do design. Nos últimos quatro anos, as irmãs foram convidadas por diversas indústrias para desenvolver peças em larga escala com o reaproveitamento de materiais, entre eles o vidro, e colheram prêmios, como o Houseware Gift & Design, da feira Gift Fair.
Mas não param de sonhar - e não apenas com novos materiais: Sara ainda pretende montar um projeto para valorizar o trabalho dos catadores de lixo. No Brasil, só a coleta de latas de alumínio gera trabalho para 160 mil pessoas. "Não temos uma boa imagem do carteiro? Por que, então, não podemos ter também do catador?", indaga a artista.

BIA HAJNAL - RESTOS VALEM OURO
Foi paixão à primeira vista. Pelo namorado que se tornou marido e pela caçamba da caminhonete dele, onde o moço carregava um monte de tranqueiras. A arquiteta e designer paulistana Bia Hajnal, 27 anos, era estudante de desenho industrial quando conheceu Sérgio Cabral, três anos mais velho.

Juntos, começaram a recolher caixas de papelão de computadores jogados fora. A faculdade que cursavam - Faap, em São Paulo - tem uma oficina de marcenaria, onde os dois passaram a cortar essas caixas. Daí surgiu o primeiro móvel, uma cadeira azul que até hoje é xodó da dupla.

Karine Basilio
Bia com a luminária e a fruteira de poliestireno
As andanças pela capital paulista eram comuns e, certa vez, Bia encontrou uma escada de piscina que acabou se transformando em uma espreguiçadeira. Nessa época, as peças eram fabricadas na casa dela ou do então namorado. A produção cresceu e, em 2002, o casal e um amigo, o arquiteto Thiago Rodrigues, resolveram montar o SuperLimão Studio. Vieram, então, banquetas, cadeiras e outros móveis estilizados, sempre com materiais desprezados.
Bia também começou a pesquisar o plástico poliestireno, usado em bandejas de geladeira, e o plástico ABS, utilizado nos pára-choques de carros. Com o poliestireno montou duas poltronas e luminárias chiquérrimas, que brilham em salões aqui e no exterior. "O Brasil tem matérias-primas muito ricas", afirma.

A inspiração de Bia vem de várias fontes. Em 2005, organizando a própria festa de aniversário, percebeu que faltava um lustre bonito na sala de casa. Não deu outra: colou dezenas de copinhos de plástico e, assim, surgiu a Copoleos, luminária que, um ano depois da festa, foi exposta na Bienal Internacional de Design de Saint Étienne, na França.

Ao chegar a São Paulo, desembarcou para mais uma temporada exibindo seus trabalhos no Instituto Tomie Ohtake. "Antes nosso trabalho era visto como algo alternativo. Hoje existe uma visão de conceito, design e tecnologia", garante Bia. Ela acredita que as pessoas estão mais abertas para investir em produtos que tragam benefícios ao meio ambiente".

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/conteudo_246329.shtml

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

E hoje me disseram:'vai trabalhar vagabundo"



Nem acreditei quando ouvi vindo lá de longe um grito:

VAI TRABALHAR VAGABUNDO. SEU GORDO, FICA SÓ JUNTANDO LIXO AÍ..."

Quando olhei, só vi um ônibus já dobrando e um cobrador com a cara para fora.... fiquei estupefado!!! Mas,continuei fazendo meu trabalho arte-educativo dentro do Parque das Garças e agora fora também, alcançando já desde a QI 14 do Lago Norte até a beira do Lago Paranoá, na QI 16, ou seja, dentro do nosso Parque Ecológico das Garças...


Bem, a vida é assim mesmo, já estou até acostumado. Afinal, são mais de três anos promovendo a leitura de mundo, fazendo provocações/intervenções arte-educativas, desde a Amazônia, e agora em Brasília. Alguém aí lembra do que o Prefeito de Macapá(AP) mandou fazer com a nossa Parada Cultural? (veja aí http://www.lucianacapiberibe.com/2009/10/15/senado-homenageia-amapaense-idelizador-da-barca-das-letras/). Pois é, é sempre assim mesmo: uns acham bacana o trabalho, como as duas pessoas que me pararam hoje na rua para perguntar o que era aquilo que eu estava fazendo, qual o objetivo; enquanto outros, nem acham tão bacana assim...

Enfim, o lixo está incomodando, mas só o erguido/des-escondido por mim.... ou seja, a arte já está fazendo efeito, promovendo reflexões, provocando reações, ações, umas positivas, outras negativas!!!



Seguimos girando então, ao som do nosso querido Chico Buarque:





abraços fraternos,

Jonas Banhos
mochileirotuxaua.blogspot.com

Gaiatos e Gaianos: É primavera em mim


Divulgo o texto abaixo da Giuliana Capelo(jornalista ambiental e permacultora pelo Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica. É colaboradora das revistas Arquitetura & Construção, CASA CLAUDIA e BONS FLUIDOS. Formada em design de comunidades sustentáveis, faz parte da Ecovila Clareando, onde está construindo sua futura morada. No blog Planeta Sustentável, ela conta histórias e experiências que mostram que é possível ter uma vida mais simples - e nem por isso menos gostosa e divertida). Tem tudo a ver com o Conexão NossaCasa.

Boa leitura!!!


Sexta-feira passada foi um dia especial. Desde o momento em que me levantei, tive a sensação de que o dia merecia algum tipo de celebração. É engraçado, mas a maioria de nós acorda e vai dormir sem ter parado uns poucos instantes para observar o dia, a luz do sol desenhando sombras delicadas por entre as árvores, a brisa fresca carregando folhas e sementes, o som dos pássaros, a terra seca há semanas, pedindo chuva…

Já fazia uns dias que eu vinha contemplando o fim do inverno, despedindo-me dele, ao mesmo tempo em que agradecia à estação do recolhimento, da introspecção, das reflexões. Por isso, o primeiro pensamento que tive naquela sexta-feira foi: hoje começa a Primavera! Oba!

E tive, então, vontade de agradecer, de comemorar, de sair contando a todo mundo. Até fiz isso com uma ou outra pessoa, mas ninguém pareceu dar muita importância… Mas para mim era diferente. Não sei explicar muito bem, mas senti de repente uma conexão profunda com o planeta e com os pássaros que me visitaram no quintal, cantando mais do que de costume.

Havia, sim, uma luz diferente no céu. Tudo parecia mais iluminado, colorido. Foi então que um vento forte começou a soprar na cidade e, em poucos minutos, a paisagem era outra: o céu estava nublado e havia nuvens escuras, carregadas.

Esperei pela chuva na varanda e, quando ela chegou, descobri de imediato como celebraria a chegada da Primavera… Fui para o quintal e tomei um delicioso banho com a primeira chuva da estação, acompanhada da minha cachorra Sofia que, correndo prá lá e prá cá, parecia entender que era hora de celebrar.

Talvez você ache este post meio banal. Mas para mim, que nos últimos anos fiz uma série de mudanças de ritmo para poder curtir mais a natureza, entender seus ciclos e a influência que eles têm em mim, poder simplesmente parar numa tarde de sexta-feira para tomar chuva é incrível, maravilhoso, impagável.

No fundo, todas as escolhas que fiz (e continuo fazendo) para reduzir meu impacto sobre a Terra (trabalhar em casa, mudar de cidade, morar numa ecovila, comer em casa, fazer compostagem etc.) levam a um caminho que só agora me dou conta, mais plenamente: sincronicidade com os ritmos da natureza.

Quando estamos na cidade grande, trabalhando num escritório com ar-condicionado e luz artificial o tempo todo, o que acontece fora do prédio parece não nos tocar. Na hora do almoço ou na saída, a chuva, o vento gelado ou o calor forte são sempre um problema. Dificilmente conseguimos notar as novas flores de ipê, a grama mais verdinha ou o cheiro de terra úmida.

As estações entram e saem despercebidas e, em geral, somente são notadas quando algo de muito estranho acontece, como um veranico em julho ou um dezembro muito seco. (Se bem que agora tudo é pretensamente explicado como mais um fenômeno das mudanças climáticas…)

Não precisa ser assim. Mais do que técnicas e soluções mirabolantes, se o caminho que você anda trilhando aponta para uma vida mais sustentável, aos poucos você irá perceber mais e mais – e com todos os sentidos – cada uma das quatro estações. Primavera é tempo de florescer, de plantar, de brincar, de se renovar. É mais um tempo dentro do tempo da gente, de noites e dias, de luas novas e cheias, de pensar e agir, dormir e acordar, rir e chorar, menstruar, amar, envelhecer. Permita-se sentir a primavera dentro de você!

Crédito da imagem: Valdinei Calvento

http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/gaiatos-e-gaianos/e-primavera-em-mim/

terça-feira, 27 de setembro de 2011

E assim tem sido a semana de 26set a 2out2011 no Parque das Garças

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Acompanhe em nosso álbum as fotos das nossas ações e intervenções de cuidado no Parque das Garças.


E não esqueça de nos ajudar a limpar o Parque. Recolha o lixo que encontrar no seu caminho, inclusive, os dos vários varaus que erguemos... A idéia da arte é só chamar a atenção para que não sujemos mais, e tomar uma atitude (cada um fazendo a sua parte) de desatar os nós dos fios e levar os lixos para a lixeira na entrada do Parque das Garças,

Portanto, mãos à obra também!!!

abçs fraternos,

Jonas Banhos
mochileirotuxaua.blogspot.com